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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Quem paga a segurança privada do Sr. Vice-Almirante?

    Após os incidentes com meia dúzia de negacionistas, o "Capitão Iglo", como é "carinhosamente" apelidado pelos neófitos de Fonseca e Castro, passou a ter uma equipa de três agentes da PSP à sua disposição. Um homem tão graduado na vida militar e tão corajoso, que enche a boca a gabar-se dos seus feitos passados, mormente em entrevistas concedidas a revistas cor-de-rosa, anda agora com segurança privada à tiracolo, e tudo à custa dos contribuintes portugueses. E a PSP que está sempre a queixar-se que não tem efetivos suficientes, nem meios adequados para desempenhar as suas funções com eficácia, ao "reavaliar a situação de risco do coordenador da Task Force", lá arranjou meios humanos, materiais e logísticos para assegurar que o Sr. Vice-Almirante está protegido de ameaça nenhuma. Note-se que a PSP é sempre muito boa a "avaliar" situações de perigo, relembremos, por exemplo, o que aconteceu com os festejos do Sporting e da Champions, em que em plena pandemia de Covid-19, a PSP permitiu o ajuntamento de milhares de pessoas, empurrando as responsabilidades (repartidas!) apenas para cima da seita política.

 


domingo, 22 de agosto de 2021

Jesus, o revolucionário que rompe barreiras e transcende ideologias

    "Jesus de Nazaré não se pode incluir, sem mais, numa ou noutra categoria dos principais movimentos do seu tempo. A sua obediência radical à vontade divina, enraizada na comunhão mais íntima com Deus e na espera do Seu reino e da Sua justiça, não se encaixa no quadro dos grupos que defendiam a ordem existente na Palestina, nem nos que a combatiam por meio da violência." Tradução livre a partir de: Oscar Cullmann, Jesus y los revolucionarios de su tiempo: culto, sociedad, politica, Madrid, STVDIVM, 1973, p.7.


 

"Eu e a minha casa serviremos ao Senhor" Js 24, 15

 


Porque não condecorar o Capitão Cuecas?

    Porque não decide o afectuoso Presidente da República, que aparentemente só serve para cortar fitas, tirar selfies com alienados e consolidar este ímpio governo no poder como bom ministro da propaganda que é, condecorar também o Capitão Cuecas ou quiçá o Capitão Spock? Não será tal feito tão oportuno, quanto a condecoração apressada do Sr. Vice-Almirante, que ontem era um "zé ninguém" do ponto de vista internacional e hoje já pensa dar "lições ao mundo"? Como lhe fez mal a palmadinha nas costas! Não obstante, Marcelo apressou-se em afirmar que tal condecoração nada teria que ver com o papel (miserável quanto a nós) desempenhado por Gouveia e Melo à frente do plano de vacinação em Portugal, que era apenas um reconhecimento pela sua longa carreira militar, mas não nos conseguiu convencer. Quanto a nós, dado o seu timing, foi uma tentativa de (re)legitimar a atuação do militar à frente da Task Force, face à contestação por parte do gado negacionista.

    Deixando agora o discurso jocoso de lado, porque não condecorar as famílias que perderam os seus ente-queridos para o Coronavírus, em grande medida, devido à incompetência do Governo e da DGS (a aparentemente bipolar Drª Graça Freitas foi inclusive outra das elogiadas por Sua Excelência, o Presidente da República) na gestão da pandemia? Porque não condecorar os médicos, os enfermeiros e os restantes profissionais de saúde, que desde o início estão na frente de batalha, dando corajosamente o corpo às balas, muitas vezes, sem as armas mais adequadas? Porque não condecorar tantos homens, mulheres, jovens e crianças que, na simplicidade das suas vidas, e sem a luz da ribalta ofertada pelos mass media, fazem mais por esta nação do que a corja política (e seus aliados) que a desgoverna e afunda cada vez mais? 




sábado, 21 de agosto de 2021

Educação e responsabilidade política

    Nesta nossa jornada, à procura de cultivo intelectual e humano, temos estado a tentar adentrar no riquíssimo pensamento de um dos maiores vultos da Teologia da Libertação, a saber, Giulio Girardi. Assim sendo, gostaríamos de partilhar, com todos os nossos prezados leitores, uma frase que nos tocou de forma especial: "a educação não (deve estar) reduzida a formar pessoas competentes e honestas na sua vida quotidiana, mas também comprometidas politicamente e capazes de analisar, criticar e assumir compromissos políticos concretos." Tradução livre a partir de: Benito Fernández Fernández | Oscar Jara Holliday (editores), Giulio Girardi y la refundación de la esperanza: Desafíos de una Educación Popular Liberadora frente a la Globalización Neoliberal, Lima (Peru), CEAAL, 2013, p.20.

 



Palavras de vida eterna

 


Só Jesus, o Cristo, tem palavras de vida eterna (cfr. Jo 6,60-69)

    Não há cristianismo autêntico que seja light, quem adocica a mensagem de Jesus, não faz outra coisa que perverter tão grandioso projeto de humanização. As palavras de Jesus são realmente duras, exigentes, requerem compromisso e entrega da nossa parte, mas têm sabor a eternidade, enchem o nosso coração de nova humanidade, dão pleno sentido às nossas vidas.

    Como tão bem colocou o Papa Francisco: "compreendemos que a fidelidade a Deus é questão de fidelidade a uma pessoa, com o qual nos unimos para caminhar juntos pela mesma estrada. E esta pessoa é Jesus. Tudo o que temos no mundo não sacia a nossa fome de infinito. Precisamos de Jesus, de estar com Ele, de nos alimentar à sua mesa, com as suas palavras de vida eterna! Acreditar em Jesus significa torná-lo centro, o sentido da nossa vida. Cristo não é um elemento acessório: é o «pão vivo», o alimento indispensável." (Angelus, 23 de agosto de 2015)


 

Todos irmãos, filhos de um mesmo Pai!

    "Sabemos todos (...) com todo o nosso coração, que somos todos filhos de um só Pai, qualquer que seja o lugar em que moramos, qualquer que seja a língua que falamos; que somos todos irmãos e todos sujeitos ao julgamento da lei única do amor, colocada em nosso coração por nosso Pai comum.

    Quaisquer que sejam as ideias e o grau de instrução de um homem em nosso tempo, um culto liberal de qualquer grau, um filósofo de qualquer sistema, um doutor, um economista de qualquer escola, também um fiel de qualquer crença, cada homem sabe que todos os homens têm os mesmos direitos à vida e aos prazeres deste mundo, e que todos (...) são iguais. Cada um sabe isto do modo mais absoluto e seguro."       

    Liev Tolstói, O Reino de Deus está em vós, Rio de Janeiro, Edições BestBolso, 2011, pp. 225-226, com supressões.  


 


terça-feira, 17 de agosto de 2021

Rezemos pelo Afeganistão!

Como escreveu o jornalista da Aleteia Francisco Vêneto: "Ideologias e geopolítica à parte, é o povo afegão quem se vê mais uma vez esmagado por um tormento que parece não ter fim." 

Rezemos, com São Clemente I, pela paz no Afeganistão:

Vinde, Senhor,
e deixai a vossa face brilhar sobre nós
para que possamos desfrutar pacificamente
de todas as coisas boas.

Que a vossa mão poderosa
seja um teto sobre nossas cabeças
e que a vossa força nos preserve
de todos os delitos.

Libertai-nos, Senhor,
daqueles que nos odeiam sem causa.
Dai a paz e a harmonia
aos habitantes da Terra,
como destes aos nossos antepassados,
que vos invocaram com confiança e fé.

Só Vós podeis nos conceder estas graças.
Confiamos em Vós por meio de Jesus Cristo,
nosso sumo sacerdote,
o guardião de nossas almas,
agora e por todas as gerações
até o fim dos tempos.

Ámen.

https://pt.aleteia.org/2021/08/16/oremos-pelo-afeganistao/

 


A fraqueza do "imperialismo" americano

    Partilhamos com os nossos prezados leitores um twitt do professor Tiago Moreira de Sã, que é o Presidente da Comissão de Relações Internacionais (CRI) do Partido Social Democrata (PPD-PSD): 

    "A guerra do Afeganistão devia ter-se limitado a uma intervenção curta para destruir a Al Qaeda, os EUA já deviam ter saído há muito tempo e não fazia sentido continuar no país. Não deixa, porém, de ser impressionante o amadorismo da saída e a demonstração de fraqueza americana." 



 



Até um relógio parado acerta nas horas duas vezes ao dia

    Donald Trump arrasa o presidente Joe Biden, acusa-o de ser responsável pelo avanço dos extremistas islâmicos e pede a sua demissão imediata. Trump criticou ainda, e com toda a razão, o facto de Biden ter mandado retirar as tropas dos EUA do Afeganistão antes de evacuarem os civis, que apoiaram as forças norte-americanas nas duas últimas décadas: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/afeganistaotrump-pede-demissao-de-biden-por-vergonhosa-retirada-das-tropas-dos-eua-774329.

 


 

 


O mais recente fracasso dos EUA

    A administração norte-americana fracassou por completo no Afeganistão, pois 20 anos não chegaram para democratizar o país e erradicar o extremismo naquele ponto do globo. À administração Biden, em particular, devemos uma retirada (cujas negociações começaram ainda com Trump) precipitada do terreno de guerra, sem garantir se quer a segurança das populações locais que colaboraram com a ocupação americana. Que era preciso acabar com a invasão americana no Afeganistão ninguém duvida, agora a forma como a retirada foi conduzida revela um total desconhecimento da complexidade do cenário afegão. Mesmo assim, e apesar do fracasso da sua administração, Biden ressuscita papões do passado para tentar desculpabilizar-se por este erro crasso: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2021/08/16/biden-admite-erros-mas-diz-nao-se-arrepender-de-retirar-tropas-do-afeganistao.




Anima Christi

    Para nos colocarmos na presença carinhosa do Deus da infinita misericórdia: https://www.youtube.com/watch?v=RSLalb-t6UQ.


 


domingo, 15 de agosto de 2021

Magnificat - o cântico forte e revolucionário de Maria

    A propósito da Solenidade da Assunção de Maria e do seu Magnificat, recomendamos vivamente a leitura atenta da homilia (de 2020) do Padre Assis Pereira Soares, da Diocese de Campina Grande no Brasil, disponível em: https://diocesecg.org/noticia/30736/o-cantico-forte-e-revolucionario-de-maria.



Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria

     "O cântico de Maria descreve o programa que Deus tinha começado a realizar desde o começo, que ele prosseguiu em Maria e que cumpre agora na Igreja, para todos os tempos.

    Pela Visitação que teve lugar na Judeia, Maria levava Jesus pelos caminhos da terra. Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação definitiva. Nesta festa, com Maria, proclamamos a obra grandiosa de Deus, que chama a humanidade a se juntar a ele pelo caminho da ressurreição. Em Maria, Ele já realizou a sua obra na totalidade; com ela, nós proclamamos: “dispersou os soberbos, exaltou os humildes”. Os humildes são aqueles que crêem no cumprimento das palavras de Deus e se põem a caminho, aqueles que acolhem até ao mais íntimo do seu ser a Vida nova, Cristo, para o levar ao nosso mundo. Deus debruça-se sobre eles e cumpre neles maravilhas."
 



Magnificat - uma oração revolucionária para os dias de hoje

    Neste Domingo, que tem um sabor especialmente mariano ou não fosse o dia escolhido para celebrarmos a Solenidade da Assunção de Maria, a Liturgia da Igreja convida-nos a meditar nas palavras que compõem o revolucionário Magnificat ou Cântico da mãe de Jesus. 

    No Magnificat atribuído a Maria, Deus aparece como Aquele que luta, junto com o Seu povo, por uma sociedade mais justa e fraterna e como Aquele que sempre faz uma opção preferencial pelos pobres e oprimidos. Por isso, o augusto teólogo e pastor da Igreja da Escócia William Barclay afirmou que tal oração-texto "é o documento mais revolucionário do mundo". Nesta esteira, e segundo o teólogo Jorge Henrique Barro, podemos escrever que "Maria percebe o agir de Deus na história, no sentido de trazer uma revolução moral, uma revolução social, uma revolução económica e uma revolução espiritual”.

    Partilhamos um link da Faculdade Teológica Sul Americana, no qual se reflete sobre o revolucionário Magnificat mariano: https://ftsa.edu.br/home/index.php/reflexao/296-natal-o-magnificat-de-maria.


 

 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Pão da Vida, Água da Vida!

    No Domingo passado a liturgia da Igreja apresentou-nos Jesus como sendo o Maná de Deus, o verdadeiro Pão da Vida. Efetivamente, só Cristo é o Pão da Vida e a Fonte da Água da Vida.

    A este respeito escreve, com grande mestria, o pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes: "Para beber a água da vida é preciso romper com situações, tradições e vínculos pessoais, familiares e religiosos. Jesus disse que aquele que não renunciar a tudo o que tem, e não deixar pai e mãe por amor a Ele não pode ser seu discípulo. Receber a Cristo é abrir mão de todos os nossos tesouros para adquirir a pérola de grande valor. (...) É renunciar ao nosso eu, às nossas posses, aos nossos conceitos e opiniões e lançarmo-nos incondicionalmente aos pés de Cristo. Jesus denunciou a dureza de coração de alguns judeus (...). Ele chorou ao contemplar a incredulidade de Jerusalém que se recusou a ir a Ele para receber o pão da vida. Multidões perecem porque se recusam ir a Jesus. Ele é a fonte da água da vida. Ele é a resposta de Deus para as nossas necessidades temporais e eternas. Mas, para beber a água da vida não existem substitutos, nem atalhos, é preciso ir a Jesus. / O Filho de Deus mostrou essa verdade com meridiana clareza a Nicodemos." Hernandes Dias Lopes, Fome de Deus, São Paulo, United Press, 2019, p.59, com supressões.



sexta-feira, 30 de julho de 2021

Rumo à libertação total? Será este governo digno de crédito?


    
Vivemos no mundo da globalização da indiferença, da perda do sentido de pertença comum, da transmutação de valores, da total incoerência entre o pregado e o realizado/vivido, mundo onde os direitos não mais pressupõem deveres e onde as concepções erróneas e enviesadas de liberdade minam, pela base, a vida em sociedade. 

    Portugal, terra dos dois pesos e das duas medidas, continua a ser fustigado pelo Covid-19, em grande parte devido à incompetência e desumanidade de quem o governa e à passividade das forças armadas que, por comodidade, não derrubam tão ímpio governo, que nem sequer foi democraticamente eleito. Para os de memória curta, recordem-se da pirueta de Costa para tirar o tapete debaixo dos pés de Coelho. 

    E por falar em bichos incompetentes... O líder supremo Costaline, que finalmente começa a acusar algum desgaste político devido à gestão desastrosa da pandemia, fez recentemente uma deriva messiânica, provavelmente influenciado pelo Papagaio-Mor das Selfies que o exortava a mudar de discurso, profetizando uma "libertação total" para Outubro, para assim tentar recuperar o seu estado de graça aos olhos dos eleitores portugueses, adoçando-lhes a boca com promessas de "esperança".

    Para nós, Messias há um só: Jesus Cristo e mais nenhum! A nossa fé está firme apenas n´Ele e não nas promessas de um governo que desde cedo se mostrou totalmente impreparado para lidar com uma das maiores crises que o país já enfrentou.

 



sábado, 24 de julho de 2021

Somente o Evangelho da Graça!

    A sociedade padece com o excesso de religião e de ideologias. Sejamos humanos, inteiramente humanos, para podermos ser divinos. Imitemos, numa fidelidade criativa, o exemplo de Jesus, o Deus feito carne, e saboreemos, pois, a verdadeira liberdade que somente o Evangelho da Graça nos traz!



Porque abusam da liberdade?

    A liberdade, tal como o socialismo e o liberalismo, passou a ser mais um chavão na ordem do dia, com a crescente politização na sociedade portuguesa. Se não, porque motivo existe tanta gente a falar da liberdade de ser ou não ser vacinada, sem medir os prós e os contras, sem perceber o que é e para que realmente serve uma vacina, com a mesma leveza que fala da autonomia que tem para escolher entre um gelado com sabor a baunilha ou um gelado com sabor a morango? Vale a vida humana tanto como um gelado?



Ideologização da vacina

     Recomendamos a leitura atenta e filtrada do artigo do Dr. Edemundo Dias Filho, disponível em: https://www.opopular.com.br/noticias/opiniao/opini%C3%A3o-1.146391/ideologiza%C3%A7%C3%A3o-da-vacina-1.2167163


 

 

"Médico" negacionista acusa-nos de sermos como Hitler

    Um internauta escreveu-nos indignado, dizendo ser simultaneamente anti-vacinação e médico. Reproduzimos aqui a sua mensagem: "Se já se vacinou porque teme ser infetado por quem não se vacinou? Qual é o risco? Não confia na vacina? A vacina não lhe dá anti-corpos? No mais, você estará agindo como Hitler. Sou formado em medicina. A conversa acaba aqui."

    Olhem quem tem tiques de ditador! Escusado será dizer que este internauta, que de médico pouco ou nada tem, não sabe como funciona e para que serve uma vacina. Não sabe que não existem vacinas 100% infalíveis/eficazes e que estas não são feitas tanto para impedirem novos contágios, mas principalmente para minimizarem os estragos, isto é, para reduzirem, ao máximo, os casos de eventuais complicações (doença grave ou mesmo morte) oriundas dos contágios. É necessário que todos, mesmo os que dentre nós já foram vacinados, continuemos a cumprir as regras anti-Covid.



SOS Animal: gado negacionista descontrolado!

    Se não acreditássemos piamente em Deus e na sua obra redentora, diríamos que a humanidade estaria fadada à completa perdição. Somos, e sempre seremos, ardentes defensores da liberdade individual e, como tal, compreendemos que ninguém pode ser obrigado a tomar uma vacina caso não o deseje. No entanto, quem rejeita ser vacinado tem que arcar com as consequências dessa sua decisão, que se quer consciente e devidamente informada, pelo que teorias da conspiração não servem. Nestes tempos especialmente conturbados, urge relembrar que não há direitos sem deveres e que liberdade não é sinónimo de libertinagem. Somos responsáveis uns pelos outros, portanto, deve imperar, acima de tudo, a solidariedade e não os caprichos individuais travestidos de liberdade individual. Se é certo que ninguém pode ser obrigado a injetar uma substância estranha no seu corpo, também é igualmente certo que ninguém pode colocar a vida de terceiros em risco por recusar ser vacinado.



Há verdadeiro progresso social sem Deus? (4ª parte)

    Retomamos, uma vez mais, o pensamento do mestre suíço: "A humanidade em contínuo crescimento poderá enfrentar os sucessivos problemas quotidianos? Mesmo que não seja um triste profeta da desgraça ou um derrotista perspicaz sentir-se-á forçado a concluir que a nossa atual sociedade de progresso corre um perigo de auto-destruição – lenta ou brutal. O mito moderno do progresso surge ele próprio desmistificado. O progresso também perdeu a sua função paradigmática incontestada."

Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, p.706.

 


 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Lutemos pela liberdade de expressão, hoje e sempre!

    Fazemos nossas as palavras do Sr. deputado João Cotrim Figueiredo: "Sem liberdade de expressão não há confronto de ideias, não há pensamento crítico, não há escrutínio. Sem liberdade de expressão não há progresso científico, nem produção de conhecimento. Não podemos permitir que esta liberdade fundamental seja coartada, seja nos meios tradicionais, seja nos meios digitais. Ora é isso mesmo que a Carta do Direitos Humanos da Era Digital aprovada neste Parlamento, e em particular o seu Artº 6º, vem fazer."


 


quinta-feira, 22 de julho de 2021

Kyrie Eleison

     Para entrarmos na presença misericordiosa e acolhedora de Deus...


O Evangelho supera as ideologias

    Para o cristão a última palavra não a tem a Ideologia, seja de esquerda ou de direita, mas o Evangelho.


Há verdadeiro progresso social sem Deus? (3ª parte)

    Continuamos a cotejar o livro O Cristianismo: Essência e História do teólogo Hans Küng. Escreve o mestre suíço: "Os meios de comunicação social dão-nos a ver diariamente o preço que pagamos por tal forma de progresso: penúria dos recursos, problemas de transporte, poluição do ambiente, destruição das florestas, chuvas ácidas, efeito de estufa, buraco do ozono, modificação do clima, problema dos resíduos, explosão demográfica, desemprego maciço, impotência dos governos, crise mundial por causa da acumulação da dívida, problemas do Terceiro Mundo, corrida aos armamentos, morte atómica... As maiores vitórias e as maiores catástrofes da técnica emparelham assim numa proximidade aterradora." 

  Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo dos Leitores, Lisboa, 2016, p.706. 

 



Há verdadeiro progresso social sem Deus? (2ª parte)

    Continuamos a explorar o pensamento de Hans Küng, um dos maiores vultos da teologia católica-romana do século XX. Escreve o padre rebelde: "A compulsão de competição da época moderna mostra-se lúgubre aos olhos de muitos homens. O que alguns precursores já haviam compreendido no começo do século XX faz parte da consciência comum hoje: o progresso económico, procurado como fim em si mesmo, tem consequências desastrosas sob todos os aspetos. Os cientistas minimizaram frequentemente estas consequências, não vendo nelas senão efeitos secundários do crescimento económico, ao passo que os economistas falavam de efeitos externos. No fundo, porém, trata-se de efeitos primeiros imanentes (...) que têm como consequência a destruição do ambiente natural do homem e portanto uma desestabilização social de grande envergadura." 

Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, p.706, com supressões.

 


Igreja como comunidade de homens e de mulheres fundamentalmente livres, iguais e irmanados!

    Liberdade, Igualdade, Fraternidade não são uma inovação da Revolução Francesa, tal trilogia encontra-se na própria génese do movimento iniciado por Jesus de Nazaré. Não obstante, se durante alguns períodos da História tal tríade parece não pautar a vida de muitos de nós é, inevitavelmente, porque o cristianismo não tem sido levado, nem vivido a sério e, assim, nos afastamos, ontem como hoje, "em demasia da liberdade, da igualdade e da fraternidade evangélicas primitivas."

    Importa não esquecer que a Igreja de Jesus não se confunde com uma rígida hierarquia, que decreta normas de cima para baixo. "A Igreja é uma comunidade de homens livres!"; "A Igreja é uma comunidade de homens fundamentalmente iguais!"; "A Igreja é uma comunidade de irmãos e irmãs!"; "A Igreja (...) não é uma aristocracia, nem uma monarquia, mas o povo de Deus, uma comunidade dos crentes onde todos os membros assumem uma corresponsabilidade por decisões adequadas, tomadas em liberdade e solidariedade."

Excertos retirados de: Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, pp. 674-675.



quarta-feira, 21 de julho de 2021

Há verdadeiro progresso social sem Deus? (1ª parte)

    Como tão bem escreveu o mestre Küng: "Na realidade, o progresso eterno, todo-poderoso, universalmente válido, esse grande deus da modernidade, com a suas leis rigorosas (...) revelou o seu duplo rosto fatal. A fé no progresso perdeu a credibilidade."         

  Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, p.706, com supressões. 


  

Uma revolução tranquila

    A revolução em que nós acreditamos é uma revolução tranquila, no sentido em que não recorre à força e ao barulho das armas de guerra, a não ser em casos extremos. A nossa melhor arma não é, pois, uma metralhadora, mas a educação ou sã formação das consciências pela via maiêutica.

    Não pugnamos por uma revolução meramente exterior, que apenas substitua umas castas opressoras por outras, mais à esquerda ou mais à direita. A revolução com que sonhamos não é ideológica, é uma revolução estrutural, interior. O "nosso" projeto revolucionário é um processo de conversão pessoal e social, à maneira de Jesus de Nazaré, de Francisco de Assis e de Luther King Jr.



terça-feira, 20 de julho de 2021

Evangelho não é Ideologia

 Vale a pena ler ou reler este discurso do Papa Francisco:

https://agencia.ecclesia.pt/portal/vaticano-papa-diz-que-cristianismo-nao-e-uma-ideologia-ou-filosofia-humana-mas-caminho-de-fe/


 

Revolução sim, Ideologia não obrigado!

    A revolução pela qual toda a alma devia ansiar não devia ser outra senão a revolução do Reino de Deus, iniciada pelo Nazareno há 2000 anos. Foi dando continuidade à revolução jesuânica, no concreto da sua vida, que o bispo católico-romano Dom Óscar Romero foi baleado pela extrema-direita enquanto celebrava a Santa Eucaristia e que o pastor luterano Dietrich Bonhoeffer derramou o seu precioso sangue, executado a mando de Hitler.

    Para o seguidor de Cristo não há ideologia, há Graça e Evangelho. A ideologia cria rótulos e produz ídolos e tem servido para desumanizar e cegar, ao ponto de quem nela se enreda não conseguir enxergar o óbvio. A ideologização das massas escraviza, guetiza e demoniza, utiliza a emotividade sem a compaginar com a razão, fazendo despertar a pior versão de muitos seres humanos. Não nos esqueçamos que foi em nome das ideologias, no sentido de conceitos falsos e ilusórios, que demónios em corpo humano, como Mao Tse-Tung, Joseph Stalin e Adolf Hitler, fanatizaram as massas e cometeram os piores crimes contra a humanidade de que se tem registo. 



Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital

    A Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital, no seu 6º Artigo, constitui mais um veloz atropelo à democracia em Portugal e intensifica a censura socialista que mina o país. O que os socialistas e adeptos da geringonça afirmam ser uma tentativa de combater a desinformação e as fake news é na verdade o reforçar das prerrogativas repressivas e controladoras do Estado, mais uma vez com o total beneplácito do cristão lapsário e ministro da propaganda Marcelo Rebelo de Sousa.

    Como se pode ler no Observador Online: "O artigo 6.º, insistiu Cotrim Figueiredo, tem “uma abordagem à desinformação que abre a porta à censura e à autocensura”, ao apontar que “a verdade é que a única maneira de combater a desinformação é com mais e melhor informação, com cidadãos mais autónomos e mais independentes, com uma sociedade menos submissa e mais habituada ao escrutínio e à crítica”. Para o exemplificar, o líder da IL falou da China como uma das “ditaduras repressivas”, mas também de Cuba, Irão, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Síria, Turquemenistão ou Vietname que, disse, “sentem a necessidade de terem sistemas de controle do discurso público para preservar a ‘verdade oficial’". Pode ler o artigo completo em: https://observador.pt/2021/07/20/ps-pretende-controlar-o-discurso-politico-online-il-quer-revogar-6-o-artigo-da-carta-portuguesa-de-direitos-humanos-na-era-digital/


 

 


segunda-feira, 19 de julho de 2021

Sobre a praticidade e a universalidade da fé cristã

     Como já tivemos oportunidade de escrever neste blogue, a experiência cristã é primeiramente uma experiência encarnada ou histórica. Dito por outras palavras, a fé cristã é um constante fazer e um permanente apelo ao arrependimento e à conversão - individual e comunitária - na concretude da nossa historicidade. Assim, uma experiência cristã falsamente mística não salva, nem humaniza.

    O seguimento de Jesus de Nazaré, Deus feito Carne, não preconiza apenas a salvação individual, isto é, a salvação de cada um dos crentes isoladamente considerados. Para o cristão não há lugar para o isolacionismo ou para o puritanismo segregacionista. A salvação em Cristo é um dom católico, isto é, um dom universal, para todos, muito embora nem todos a ele adiram. A salvação é um dom divino universal e, por isso, não deve ser interpretada egoisticamente - ninguém se salva sozinho.


 

Jesus, o verdadeiro Libertador

    O movimento de Jesus de Nazaré, na sua génese, apresenta-nos um novo projeto civilizatório e também uma espiritualidade realmente libertadora. Assim sendo, se o mundo continua repleto de injustiças e de desigualdades que bradam aos Céus, em parte, é porque o cristianismo não tem sido levado, nem vivido a sério.



Fidelidade prática ao Evangelho

    Há ano e meio que vivemos com a Covid-19 e uma conclusão podemos já tirar: a Igreja hierárquica em Portugal deve ser mais fiel ao Evangelho que anuncia, visto que apostolicidade não é uma questão de mero paleio, mas uma questão de ética, isto é, de ação. Que interessa, pois, defender com especial minúcia todos os pontos da sã doutrina, se se verga sistematicamente diante dos Constantinos do nosso tempo, que teimam em fazer pouco das esperanças dos oprimidos?



O cristianismo verdadeiro tem consequências políticas

    Dizer que o cristianismo nada tem que ver com a política é simplesmente falacioso. Quem o afirma está já, consciente ou inconscientemente, a fazer política e da reles. É importante deixarmos de ultra-espiritualizar a mensagem evangélica e tomarmos consciência de que não há cristianismo verdadeiro sem o seguimento histórico, concreto, encarnado de Jesus de Nazaré, seguimento este que tem inevitavelmente consequências políticas.



Quem paga a segurança privada do Sr. Vice-Almirante?

     Após os incidentes com meia dúzia de negacionistas, o "Capitão Iglo", como é "carinhosamente" apelidado pelos neófi...