Liberdade, Igualdade, Fraternidade não são uma inovação da Revolução Francesa, tal trilogia encontra-se na própria génese do movimento iniciado por Jesus de Nazaré. Não obstante, se durante alguns períodos da História tal tríade parece não pautar a vida de muitos de nós é, inevitavelmente, porque o cristianismo não tem sido levado, nem vivido a sério e, assim, nos afastamos, ontem como hoje, "em demasia da liberdade, da igualdade e da fraternidade evangélicas primitivas."
Importa não esquecer que a Igreja de Jesus não se confunde com uma rígida hierarquia, que decreta normas de cima para baixo. "A Igreja é uma comunidade de homens livres!"; "A Igreja é uma comunidade de homens fundamentalmente iguais!"; "A Igreja é uma comunidade de irmãos e irmãs!"; "A Igreja (...) não é uma aristocracia, nem uma monarquia, mas o povo de Deus, uma comunidade dos crentes onde todos os membros assumem uma corresponsabilidade por decisões adequadas, tomadas em liberdade e solidariedade."
Excertos retirados de: Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, pp. 674-675.
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