A revolução pela qual toda a alma devia ansiar não devia ser outra senão a revolução do Reino de Deus, iniciada pelo Nazareno há 2000 anos. Foi dando continuidade à revolução jesuânica, no concreto da sua vida, que o bispo católico-romano Dom Óscar Romero foi baleado pela extrema-direita enquanto celebrava a Santa Eucaristia e que o pastor luterano Dietrich Bonhoeffer derramou o seu precioso sangue, executado a mando de Hitler.
Para o seguidor de Cristo não há ideologia, há Graça e Evangelho. A ideologia cria rótulos e produz ídolos e tem servido para desumanizar e cegar, ao ponto de quem nela se enreda não conseguir enxergar o óbvio. A ideologização das massas escraviza, guetiza e demoniza, utiliza a emotividade sem a compaginar com a razão, fazendo despertar a pior versão de muitos seres humanos. Não nos esqueçamos que foi em nome das ideologias, no sentido de conceitos falsos e ilusórios, que demónios em corpo humano, como Mao Tse-Tung, Joseph Stalin e Adolf Hitler, fanatizaram as massas e cometeram os piores crimes contra a humanidade de que se tem registo.
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