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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Rumo à libertação total? Será este governo digno de crédito?


    
Vivemos no mundo da globalização da indiferença, da perda do sentido de pertença comum, da transmutação de valores, da total incoerência entre o pregado e o realizado/vivido, mundo onde os direitos não mais pressupõem deveres e onde as concepções erróneas e enviesadas de liberdade minam, pela base, a vida em sociedade. 

    Portugal, terra dos dois pesos e das duas medidas, continua a ser fustigado pelo Covid-19, em grande parte devido à incompetência e desumanidade de quem o governa e à passividade das forças armadas que, por comodidade, não derrubam tão ímpio governo, que nem sequer foi democraticamente eleito. Para os de memória curta, recordem-se da pirueta de Costa para tirar o tapete debaixo dos pés de Coelho. 

    E por falar em bichos incompetentes... O líder supremo Costaline, que finalmente começa a acusar algum desgaste político devido à gestão desastrosa da pandemia, fez recentemente uma deriva messiânica, provavelmente influenciado pelo Papagaio-Mor das Selfies que o exortava a mudar de discurso, profetizando uma "libertação total" para Outubro, para assim tentar recuperar o seu estado de graça aos olhos dos eleitores portugueses, adoçando-lhes a boca com promessas de "esperança".

    Para nós, Messias há um só: Jesus Cristo e mais nenhum! A nossa fé está firme apenas n´Ele e não nas promessas de um governo que desde cedo se mostrou totalmente impreparado para lidar com uma das maiores crises que o país já enfrentou.

 



sábado, 24 de julho de 2021

Somente o Evangelho da Graça!

    A sociedade padece com o excesso de religião e de ideologias. Sejamos humanos, inteiramente humanos, para podermos ser divinos. Imitemos, numa fidelidade criativa, o exemplo de Jesus, o Deus feito carne, e saboreemos, pois, a verdadeira liberdade que somente o Evangelho da Graça nos traz!



Porque abusam da liberdade?

    A liberdade, tal como o socialismo e o liberalismo, passou a ser mais um chavão na ordem do dia, com a crescente politização na sociedade portuguesa. Se não, porque motivo existe tanta gente a falar da liberdade de ser ou não ser vacinada, sem medir os prós e os contras, sem perceber o que é e para que realmente serve uma vacina, com a mesma leveza que fala da autonomia que tem para escolher entre um gelado com sabor a baunilha ou um gelado com sabor a morango? Vale a vida humana tanto como um gelado?



Ideologização da vacina

     Recomendamos a leitura atenta e filtrada do artigo do Dr. Edemundo Dias Filho, disponível em: https://www.opopular.com.br/noticias/opiniao/opini%C3%A3o-1.146391/ideologiza%C3%A7%C3%A3o-da-vacina-1.2167163


 

 

"Médico" negacionista acusa-nos de sermos como Hitler

    Um internauta escreveu-nos indignado, dizendo ser simultaneamente anti-vacinação e médico. Reproduzimos aqui a sua mensagem: "Se já se vacinou porque teme ser infetado por quem não se vacinou? Qual é o risco? Não confia na vacina? A vacina não lhe dá anti-corpos? No mais, você estará agindo como Hitler. Sou formado em medicina. A conversa acaba aqui."

    Olhem quem tem tiques de ditador! Escusado será dizer que este internauta, que de médico pouco ou nada tem, não sabe como funciona e para que serve uma vacina. Não sabe que não existem vacinas 100% infalíveis/eficazes e que estas não são feitas tanto para impedirem novos contágios, mas principalmente para minimizarem os estragos, isto é, para reduzirem, ao máximo, os casos de eventuais complicações (doença grave ou mesmo morte) oriundas dos contágios. É necessário que todos, mesmo os que dentre nós já foram vacinados, continuemos a cumprir as regras anti-Covid.



SOS Animal: gado negacionista descontrolado!

    Se não acreditássemos piamente em Deus e na sua obra redentora, diríamos que a humanidade estaria fadada à completa perdição. Somos, e sempre seremos, ardentes defensores da liberdade individual e, como tal, compreendemos que ninguém pode ser obrigado a tomar uma vacina caso não o deseje. No entanto, quem rejeita ser vacinado tem que arcar com as consequências dessa sua decisão, que se quer consciente e devidamente informada, pelo que teorias da conspiração não servem. Nestes tempos especialmente conturbados, urge relembrar que não há direitos sem deveres e que liberdade não é sinónimo de libertinagem. Somos responsáveis uns pelos outros, portanto, deve imperar, acima de tudo, a solidariedade e não os caprichos individuais travestidos de liberdade individual. Se é certo que ninguém pode ser obrigado a injetar uma substância estranha no seu corpo, também é igualmente certo que ninguém pode colocar a vida de terceiros em risco por recusar ser vacinado.



Há verdadeiro progresso social sem Deus? (4ª parte)

    Retomamos, uma vez mais, o pensamento do mestre suíço: "A humanidade em contínuo crescimento poderá enfrentar os sucessivos problemas quotidianos? Mesmo que não seja um triste profeta da desgraça ou um derrotista perspicaz sentir-se-á forçado a concluir que a nossa atual sociedade de progresso corre um perigo de auto-destruição – lenta ou brutal. O mito moderno do progresso surge ele próprio desmistificado. O progresso também perdeu a sua função paradigmática incontestada."

Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, p.706.

 


 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Lutemos pela liberdade de expressão, hoje e sempre!

    Fazemos nossas as palavras do Sr. deputado João Cotrim Figueiredo: "Sem liberdade de expressão não há confronto de ideias, não há pensamento crítico, não há escrutínio. Sem liberdade de expressão não há progresso científico, nem produção de conhecimento. Não podemos permitir que esta liberdade fundamental seja coartada, seja nos meios tradicionais, seja nos meios digitais. Ora é isso mesmo que a Carta do Direitos Humanos da Era Digital aprovada neste Parlamento, e em particular o seu Artº 6º, vem fazer."


 


quinta-feira, 22 de julho de 2021

Kyrie Eleison

     Para entrarmos na presença misericordiosa e acolhedora de Deus...


O Evangelho supera as ideologias

    Para o cristão a última palavra não a tem a Ideologia, seja de esquerda ou de direita, mas o Evangelho.


Há verdadeiro progresso social sem Deus? (3ª parte)

    Continuamos a cotejar o livro O Cristianismo: Essência e História do teólogo Hans Küng. Escreve o mestre suíço: "Os meios de comunicação social dão-nos a ver diariamente o preço que pagamos por tal forma de progresso: penúria dos recursos, problemas de transporte, poluição do ambiente, destruição das florestas, chuvas ácidas, efeito de estufa, buraco do ozono, modificação do clima, problema dos resíduos, explosão demográfica, desemprego maciço, impotência dos governos, crise mundial por causa da acumulação da dívida, problemas do Terceiro Mundo, corrida aos armamentos, morte atómica... As maiores vitórias e as maiores catástrofes da técnica emparelham assim numa proximidade aterradora." 

  Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo dos Leitores, Lisboa, 2016, p.706. 

 



Há verdadeiro progresso social sem Deus? (2ª parte)

    Continuamos a explorar o pensamento de Hans Küng, um dos maiores vultos da teologia católica-romana do século XX. Escreve o padre rebelde: "A compulsão de competição da época moderna mostra-se lúgubre aos olhos de muitos homens. O que alguns precursores já haviam compreendido no começo do século XX faz parte da consciência comum hoje: o progresso económico, procurado como fim em si mesmo, tem consequências desastrosas sob todos os aspetos. Os cientistas minimizaram frequentemente estas consequências, não vendo nelas senão efeitos secundários do crescimento económico, ao passo que os economistas falavam de efeitos externos. No fundo, porém, trata-se de efeitos primeiros imanentes (...) que têm como consequência a destruição do ambiente natural do homem e portanto uma desestabilização social de grande envergadura." 

Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, p.706, com supressões.

 


Igreja como comunidade de homens e de mulheres fundamentalmente livres, iguais e irmanados!

    Liberdade, Igualdade, Fraternidade não são uma inovação da Revolução Francesa, tal trilogia encontra-se na própria génese do movimento iniciado por Jesus de Nazaré. Não obstante, se durante alguns períodos da História tal tríade parece não pautar a vida de muitos de nós é, inevitavelmente, porque o cristianismo não tem sido levado, nem vivido a sério e, assim, nos afastamos, ontem como hoje, "em demasia da liberdade, da igualdade e da fraternidade evangélicas primitivas."

    Importa não esquecer que a Igreja de Jesus não se confunde com uma rígida hierarquia, que decreta normas de cima para baixo. "A Igreja é uma comunidade de homens livres!"; "A Igreja é uma comunidade de homens fundamentalmente iguais!"; "A Igreja é uma comunidade de irmãos e irmãs!"; "A Igreja (...) não é uma aristocracia, nem uma monarquia, mas o povo de Deus, uma comunidade dos crentes onde todos os membros assumem uma corresponsabilidade por decisões adequadas, tomadas em liberdade e solidariedade."

Excertos retirados de: Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, pp. 674-675.



quarta-feira, 21 de julho de 2021

Há verdadeiro progresso social sem Deus? (1ª parte)

    Como tão bem escreveu o mestre Küng: "Na realidade, o progresso eterno, todo-poderoso, universalmente válido, esse grande deus da modernidade, com a suas leis rigorosas (...) revelou o seu duplo rosto fatal. A fé no progresso perdeu a credibilidade."         

  Hans Küng, O Cristianismo: Essência e História, Círculo de Leitores, Lisboa, 2016, p.706, com supressões. 


  

Uma revolução tranquila

    A revolução em que nós acreditamos é uma revolução tranquila, no sentido em que não recorre à força e ao barulho das armas de guerra, a não ser em casos extremos. A nossa melhor arma não é, pois, uma metralhadora, mas a educação ou sã formação das consciências pela via maiêutica.

    Não pugnamos por uma revolução meramente exterior, que apenas substitua umas castas opressoras por outras, mais à esquerda ou mais à direita. A revolução com que sonhamos não é ideológica, é uma revolução estrutural, interior. O "nosso" projeto revolucionário é um processo de conversão pessoal e social, à maneira de Jesus de Nazaré, de Francisco de Assis e de Luther King Jr.



terça-feira, 20 de julho de 2021

Evangelho não é Ideologia

 Vale a pena ler ou reler este discurso do Papa Francisco:

https://agencia.ecclesia.pt/portal/vaticano-papa-diz-que-cristianismo-nao-e-uma-ideologia-ou-filosofia-humana-mas-caminho-de-fe/


 

Revolução sim, Ideologia não obrigado!

    A revolução pela qual toda a alma devia ansiar não devia ser outra senão a revolução do Reino de Deus, iniciada pelo Nazareno há 2000 anos. Foi dando continuidade à revolução jesuânica, no concreto da sua vida, que o bispo católico-romano Dom Óscar Romero foi baleado pela extrema-direita enquanto celebrava a Santa Eucaristia e que o pastor luterano Dietrich Bonhoeffer derramou o seu precioso sangue, executado a mando de Hitler.

    Para o seguidor de Cristo não há ideologia, há Graça e Evangelho. A ideologia cria rótulos e produz ídolos e tem servido para desumanizar e cegar, ao ponto de quem nela se enreda não conseguir enxergar o óbvio. A ideologização das massas escraviza, guetiza e demoniza, utiliza a emotividade sem a compaginar com a razão, fazendo despertar a pior versão de muitos seres humanos. Não nos esqueçamos que foi em nome das ideologias, no sentido de conceitos falsos e ilusórios, que demónios em corpo humano, como Mao Tse-Tung, Joseph Stalin e Adolf Hitler, fanatizaram as massas e cometeram os piores crimes contra a humanidade de que se tem registo. 



Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital

    A Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital, no seu 6º Artigo, constitui mais um veloz atropelo à democracia em Portugal e intensifica a censura socialista que mina o país. O que os socialistas e adeptos da geringonça afirmam ser uma tentativa de combater a desinformação e as fake news é na verdade o reforçar das prerrogativas repressivas e controladoras do Estado, mais uma vez com o total beneplácito do cristão lapsário e ministro da propaganda Marcelo Rebelo de Sousa.

    Como se pode ler no Observador Online: "O artigo 6.º, insistiu Cotrim Figueiredo, tem “uma abordagem à desinformação que abre a porta à censura e à autocensura”, ao apontar que “a verdade é que a única maneira de combater a desinformação é com mais e melhor informação, com cidadãos mais autónomos e mais independentes, com uma sociedade menos submissa e mais habituada ao escrutínio e à crítica”. Para o exemplificar, o líder da IL falou da China como uma das “ditaduras repressivas”, mas também de Cuba, Irão, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Síria, Turquemenistão ou Vietname que, disse, “sentem a necessidade de terem sistemas de controle do discurso público para preservar a ‘verdade oficial’". Pode ler o artigo completo em: https://observador.pt/2021/07/20/ps-pretende-controlar-o-discurso-politico-online-il-quer-revogar-6-o-artigo-da-carta-portuguesa-de-direitos-humanos-na-era-digital/


 

 


segunda-feira, 19 de julho de 2021

Sobre a praticidade e a universalidade da fé cristã

     Como já tivemos oportunidade de escrever neste blogue, a experiência cristã é primeiramente uma experiência encarnada ou histórica. Dito por outras palavras, a fé cristã é um constante fazer e um permanente apelo ao arrependimento e à conversão - individual e comunitária - na concretude da nossa historicidade. Assim, uma experiência cristã falsamente mística não salva, nem humaniza.

    O seguimento de Jesus de Nazaré, Deus feito Carne, não preconiza apenas a salvação individual, isto é, a salvação de cada um dos crentes isoladamente considerados. Para o cristão não há lugar para o isolacionismo ou para o puritanismo segregacionista. A salvação em Cristo é um dom católico, isto é, um dom universal, para todos, muito embora nem todos a ele adiram. A salvação é um dom divino universal e, por isso, não deve ser interpretada egoisticamente - ninguém se salva sozinho.


 

Jesus, o verdadeiro Libertador

    O movimento de Jesus de Nazaré, na sua génese, apresenta-nos um novo projeto civilizatório e também uma espiritualidade realmente libertadora. Assim sendo, se o mundo continua repleto de injustiças e de desigualdades que bradam aos Céus, em parte, é porque o cristianismo não tem sido levado, nem vivido a sério.



Fidelidade prática ao Evangelho

    Há ano e meio que vivemos com a Covid-19 e uma conclusão podemos já tirar: a Igreja hierárquica em Portugal deve ser mais fiel ao Evangelho que anuncia, visto que apostolicidade não é uma questão de mero paleio, mas uma questão de ética, isto é, de ação. Que interessa, pois, defender com especial minúcia todos os pontos da sã doutrina, se se verga sistematicamente diante dos Constantinos do nosso tempo, que teimam em fazer pouco das esperanças dos oprimidos?



O cristianismo verdadeiro tem consequências políticas

    Dizer que o cristianismo nada tem que ver com a política é simplesmente falacioso. Quem o afirma está já, consciente ou inconscientemente, a fazer política e da reles. É importante deixarmos de ultra-espiritualizar a mensagem evangélica e tomarmos consciência de que não há cristianismo verdadeiro sem o seguimento histórico, concreto, encarnado de Jesus de Nazaré, seguimento este que tem inevitavelmente consequências políticas.



Quem paga a segurança privada do Sr. Vice-Almirante?

     Após os incidentes com meia dúzia de negacionistas, o "Capitão Iglo", como é "carinhosamente" apelidado pelos neófi...