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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Quem paga a segurança privada do Sr. Vice-Almirante?

    Após os incidentes com meia dúzia de negacionistas, o "Capitão Iglo", como é "carinhosamente" apelidado pelos neófitos de Fonseca e Castro, passou a ter uma equipa de três agentes da PSP à sua disposição. Um homem tão graduado na vida militar e tão corajoso, que enche a boca a gabar-se dos seus feitos passados, mormente em entrevistas concedidas a revistas cor-de-rosa, anda agora com segurança privada à tiracolo, e tudo à custa dos contribuintes portugueses. E a PSP que está sempre a queixar-se que não tem efetivos suficientes, nem meios adequados para desempenhar as suas funções com eficácia, ao "reavaliar a situação de risco do coordenador da Task Force", lá arranjou meios humanos, materiais e logísticos para assegurar que o Sr. Vice-Almirante está protegido de ameaça nenhuma. Note-se que a PSP é sempre muito boa a "avaliar" situações de perigo, relembremos, por exemplo, o que aconteceu com os festejos do Sporting e da Champions, em que em plena pandemia de Covid-19, a PSP permitiu o ajuntamento de milhares de pessoas, empurrando as responsabilidades (repartidas!) apenas para cima da seita política.

 


domingo, 22 de agosto de 2021

Jesus, o revolucionário que rompe barreiras e transcende ideologias

    "Jesus de Nazaré não se pode incluir, sem mais, numa ou noutra categoria dos principais movimentos do seu tempo. A sua obediência radical à vontade divina, enraizada na comunhão mais íntima com Deus e na espera do Seu reino e da Sua justiça, não se encaixa no quadro dos grupos que defendiam a ordem existente na Palestina, nem nos que a combatiam por meio da violência." Tradução livre a partir de: Oscar Cullmann, Jesus y los revolucionarios de su tiempo: culto, sociedad, politica, Madrid, STVDIVM, 1973, p.7.


 

"Eu e a minha casa serviremos ao Senhor" Js 24, 15

 


Porque não condecorar o Capitão Cuecas?

    Porque não decide o afectuoso Presidente da República, que aparentemente só serve para cortar fitas, tirar selfies com alienados e consolidar este ímpio governo no poder como bom ministro da propaganda que é, condecorar também o Capitão Cuecas ou quiçá o Capitão Spock? Não será tal feito tão oportuno, quanto a condecoração apressada do Sr. Vice-Almirante, que ontem era um "zé ninguém" do ponto de vista internacional e hoje já pensa dar "lições ao mundo"? Como lhe fez mal a palmadinha nas costas! Não obstante, Marcelo apressou-se em afirmar que tal condecoração nada teria que ver com o papel (miserável quanto a nós) desempenhado por Gouveia e Melo à frente do plano de vacinação em Portugal, que era apenas um reconhecimento pela sua longa carreira militar, mas não nos conseguiu convencer. Quanto a nós, dado o seu timing, foi uma tentativa de (re)legitimar a atuação do militar à frente da Task Force, face à contestação por parte do gado negacionista.

    Deixando agora o discurso jocoso de lado, porque não condecorar as famílias que perderam os seus ente-queridos para o Coronavírus, em grande medida, devido à incompetência do Governo e da DGS (a aparentemente bipolar Drª Graça Freitas foi inclusive outra das elogiadas por Sua Excelência, o Presidente da República) na gestão da pandemia? Porque não condecorar os médicos, os enfermeiros e os restantes profissionais de saúde, que desde o início estão na frente de batalha, dando corajosamente o corpo às balas, muitas vezes, sem as armas mais adequadas? Porque não condecorar tantos homens, mulheres, jovens e crianças que, na simplicidade das suas vidas, e sem a luz da ribalta ofertada pelos mass media, fazem mais por esta nação do que a corja política (e seus aliados) que a desgoverna e afunda cada vez mais? 




sábado, 21 de agosto de 2021

Educação e responsabilidade política

    Nesta nossa jornada, à procura de cultivo intelectual e humano, temos estado a tentar adentrar no riquíssimo pensamento de um dos maiores vultos da Teologia da Libertação, a saber, Giulio Girardi. Assim sendo, gostaríamos de partilhar, com todos os nossos prezados leitores, uma frase que nos tocou de forma especial: "a educação não (deve estar) reduzida a formar pessoas competentes e honestas na sua vida quotidiana, mas também comprometidas politicamente e capazes de analisar, criticar e assumir compromissos políticos concretos." Tradução livre a partir de: Benito Fernández Fernández | Oscar Jara Holliday (editores), Giulio Girardi y la refundación de la esperanza: Desafíos de una Educación Popular Liberadora frente a la Globalización Neoliberal, Lima (Peru), CEAAL, 2013, p.20.

 



Palavras de vida eterna

 


Só Jesus, o Cristo, tem palavras de vida eterna (cfr. Jo 6,60-69)

    Não há cristianismo autêntico que seja light, quem adocica a mensagem de Jesus, não faz outra coisa que perverter tão grandioso projeto de humanização. As palavras de Jesus são realmente duras, exigentes, requerem compromisso e entrega da nossa parte, mas têm sabor a eternidade, enchem o nosso coração de nova humanidade, dão pleno sentido às nossas vidas.

    Como tão bem colocou o Papa Francisco: "compreendemos que a fidelidade a Deus é questão de fidelidade a uma pessoa, com o qual nos unimos para caminhar juntos pela mesma estrada. E esta pessoa é Jesus. Tudo o que temos no mundo não sacia a nossa fome de infinito. Precisamos de Jesus, de estar com Ele, de nos alimentar à sua mesa, com as suas palavras de vida eterna! Acreditar em Jesus significa torná-lo centro, o sentido da nossa vida. Cristo não é um elemento acessório: é o «pão vivo», o alimento indispensável." (Angelus, 23 de agosto de 2015)


 

Todos irmãos, filhos de um mesmo Pai!

    "Sabemos todos (...) com todo o nosso coração, que somos todos filhos de um só Pai, qualquer que seja o lugar em que moramos, qualquer que seja a língua que falamos; que somos todos irmãos e todos sujeitos ao julgamento da lei única do amor, colocada em nosso coração por nosso Pai comum.

    Quaisquer que sejam as ideias e o grau de instrução de um homem em nosso tempo, um culto liberal de qualquer grau, um filósofo de qualquer sistema, um doutor, um economista de qualquer escola, também um fiel de qualquer crença, cada homem sabe que todos os homens têm os mesmos direitos à vida e aos prazeres deste mundo, e que todos (...) são iguais. Cada um sabe isto do modo mais absoluto e seguro."       

    Liev Tolstói, O Reino de Deus está em vós, Rio de Janeiro, Edições BestBolso, 2011, pp. 225-226, com supressões.  


 


terça-feira, 17 de agosto de 2021

Rezemos pelo Afeganistão!

Como escreveu o jornalista da Aleteia Francisco Vêneto: "Ideologias e geopolítica à parte, é o povo afegão quem se vê mais uma vez esmagado por um tormento que parece não ter fim." 

Rezemos, com São Clemente I, pela paz no Afeganistão:

Vinde, Senhor,
e deixai a vossa face brilhar sobre nós
para que possamos desfrutar pacificamente
de todas as coisas boas.

Que a vossa mão poderosa
seja um teto sobre nossas cabeças
e que a vossa força nos preserve
de todos os delitos.

Libertai-nos, Senhor,
daqueles que nos odeiam sem causa.
Dai a paz e a harmonia
aos habitantes da Terra,
como destes aos nossos antepassados,
que vos invocaram com confiança e fé.

Só Vós podeis nos conceder estas graças.
Confiamos em Vós por meio de Jesus Cristo,
nosso sumo sacerdote,
o guardião de nossas almas,
agora e por todas as gerações
até o fim dos tempos.

Ámen.

https://pt.aleteia.org/2021/08/16/oremos-pelo-afeganistao/

 


A fraqueza do "imperialismo" americano

    Partilhamos com os nossos prezados leitores um twitt do professor Tiago Moreira de Sã, que é o Presidente da Comissão de Relações Internacionais (CRI) do Partido Social Democrata (PPD-PSD): 

    "A guerra do Afeganistão devia ter-se limitado a uma intervenção curta para destruir a Al Qaeda, os EUA já deviam ter saído há muito tempo e não fazia sentido continuar no país. Não deixa, porém, de ser impressionante o amadorismo da saída e a demonstração de fraqueza americana." 



 



Até um relógio parado acerta nas horas duas vezes ao dia

    Donald Trump arrasa o presidente Joe Biden, acusa-o de ser responsável pelo avanço dos extremistas islâmicos e pede a sua demissão imediata. Trump criticou ainda, e com toda a razão, o facto de Biden ter mandado retirar as tropas dos EUA do Afeganistão antes de evacuarem os civis, que apoiaram as forças norte-americanas nas duas últimas décadas: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/afeganistaotrump-pede-demissao-de-biden-por-vergonhosa-retirada-das-tropas-dos-eua-774329.

 


 

 


O mais recente fracasso dos EUA

    A administração norte-americana fracassou por completo no Afeganistão, pois 20 anos não chegaram para democratizar o país e erradicar o extremismo naquele ponto do globo. À administração Biden, em particular, devemos uma retirada (cujas negociações começaram ainda com Trump) precipitada do terreno de guerra, sem garantir se quer a segurança das populações locais que colaboraram com a ocupação americana. Que era preciso acabar com a invasão americana no Afeganistão ninguém duvida, agora a forma como a retirada foi conduzida revela um total desconhecimento da complexidade do cenário afegão. Mesmo assim, e apesar do fracasso da sua administração, Biden ressuscita papões do passado para tentar desculpabilizar-se por este erro crasso: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2021/08/16/biden-admite-erros-mas-diz-nao-se-arrepender-de-retirar-tropas-do-afeganistao.




Anima Christi

    Para nos colocarmos na presença carinhosa do Deus da infinita misericórdia: https://www.youtube.com/watch?v=RSLalb-t6UQ.


 


domingo, 15 de agosto de 2021

Magnificat - o cântico forte e revolucionário de Maria

    A propósito da Solenidade da Assunção de Maria e do seu Magnificat, recomendamos vivamente a leitura atenta da homilia (de 2020) do Padre Assis Pereira Soares, da Diocese de Campina Grande no Brasil, disponível em: https://diocesecg.org/noticia/30736/o-cantico-forte-e-revolucionario-de-maria.



Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria

     "O cântico de Maria descreve o programa que Deus tinha começado a realizar desde o começo, que ele prosseguiu em Maria e que cumpre agora na Igreja, para todos os tempos.

    Pela Visitação que teve lugar na Judeia, Maria levava Jesus pelos caminhos da terra. Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação definitiva. Nesta festa, com Maria, proclamamos a obra grandiosa de Deus, que chama a humanidade a se juntar a ele pelo caminho da ressurreição. Em Maria, Ele já realizou a sua obra na totalidade; com ela, nós proclamamos: “dispersou os soberbos, exaltou os humildes”. Os humildes são aqueles que crêem no cumprimento das palavras de Deus e se põem a caminho, aqueles que acolhem até ao mais íntimo do seu ser a Vida nova, Cristo, para o levar ao nosso mundo. Deus debruça-se sobre eles e cumpre neles maravilhas."
 



Magnificat - uma oração revolucionária para os dias de hoje

    Neste Domingo, que tem um sabor especialmente mariano ou não fosse o dia escolhido para celebrarmos a Solenidade da Assunção de Maria, a Liturgia da Igreja convida-nos a meditar nas palavras que compõem o revolucionário Magnificat ou Cântico da mãe de Jesus. 

    No Magnificat atribuído a Maria, Deus aparece como Aquele que luta, junto com o Seu povo, por uma sociedade mais justa e fraterna e como Aquele que sempre faz uma opção preferencial pelos pobres e oprimidos. Por isso, o augusto teólogo e pastor da Igreja da Escócia William Barclay afirmou que tal oração-texto "é o documento mais revolucionário do mundo". Nesta esteira, e segundo o teólogo Jorge Henrique Barro, podemos escrever que "Maria percebe o agir de Deus na história, no sentido de trazer uma revolução moral, uma revolução social, uma revolução económica e uma revolução espiritual”.

    Partilhamos um link da Faculdade Teológica Sul Americana, no qual se reflete sobre o revolucionário Magnificat mariano: https://ftsa.edu.br/home/index.php/reflexao/296-natal-o-magnificat-de-maria.


 

 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Pão da Vida, Água da Vida!

    No Domingo passado a liturgia da Igreja apresentou-nos Jesus como sendo o Maná de Deus, o verdadeiro Pão da Vida. Efetivamente, só Cristo é o Pão da Vida e a Fonte da Água da Vida.

    A este respeito escreve, com grande mestria, o pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes: "Para beber a água da vida é preciso romper com situações, tradições e vínculos pessoais, familiares e religiosos. Jesus disse que aquele que não renunciar a tudo o que tem, e não deixar pai e mãe por amor a Ele não pode ser seu discípulo. Receber a Cristo é abrir mão de todos os nossos tesouros para adquirir a pérola de grande valor. (...) É renunciar ao nosso eu, às nossas posses, aos nossos conceitos e opiniões e lançarmo-nos incondicionalmente aos pés de Cristo. Jesus denunciou a dureza de coração de alguns judeus (...). Ele chorou ao contemplar a incredulidade de Jerusalém que se recusou a ir a Ele para receber o pão da vida. Multidões perecem porque se recusam ir a Jesus. Ele é a fonte da água da vida. Ele é a resposta de Deus para as nossas necessidades temporais e eternas. Mas, para beber a água da vida não existem substitutos, nem atalhos, é preciso ir a Jesus. / O Filho de Deus mostrou essa verdade com meridiana clareza a Nicodemos." Hernandes Dias Lopes, Fome de Deus, São Paulo, United Press, 2019, p.59, com supressões.



Quem paga a segurança privada do Sr. Vice-Almirante?

     Após os incidentes com meia dúzia de negacionistas, o "Capitão Iglo", como é "carinhosamente" apelidado pelos neófi...